sábado, 15 de fevereiro de 2014

E outras situações que tal

Os dois posts anteriores falam mais detalhadamente de determinadas situações nos últimos 2 anos. Mas houve muitas mais. A maior parte das vezes era, de facto a melhor candidata, mas ficava em segundo lugar nas entrevistas, logo a seguir à pessoa para quem o emprego estava destinado. Noutras situações, o concurso era retirado, mesmo depois de já terem algumas candidaturas, ou porque tinham que oferecer o emprego a alguém cujo contracto estava a acabar, ou porque perderam financiamento, ou houve reestruturação ou pressões externas. Lembro-me de uma em particular:

Candidatei-me a um emprego na Imperial College em Londres. Uma das melhores universidades do país e do mundo. O emprego era para dar formação a alunos de doutoramento. Seria ideal. Juntava o meu desejo de ir para Londres, uma universidade de respeito, e dar aulas, que adoro.

Comprei o bilhete de comboio (caríssimo), marquei o hotel (o amigo que tenho em Londres não tinha espaço em casa essa semana), e preparei a apresentação que tinha que fazer. Três dias antes da entrevista, contactam-me para dizer que, devido a circunstancias inesperadas, tinham que retirar o concurso. Digam lá outras vez???? Não podia acreditar! Felizmente disseram-me que pagavam as despesas todas e acabei por ir a Londres na mesma, ver uns amigos, museus, e até fui tomar café com uma amiga que trabalha na Imperial. Mas doeu. Doeu muito.

Estas situações repetiram-se vezes sem conta, o que me levou a escrever este post. Pois que a minha vida tem sido procurar e candidatar-me a empregos, ir a entrevistas, e esquecer tempos livres. Nada de noites, fins de semana, ou mesmo férias. Chegou a um ponto em que o meu marido me proibiu de me candidatar ou procurar mais empregos, pelo menos durante um mês porque eu estava a beira da ruptura.

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